Estamos vivendo um fenômeno: a febre da procura a Osteopatia. Mas ainda existe muita gente que apesar de procurar não sabe o que é, como funciona e para que serve.
Em linhas gerais, é preciso dizer que não se trata de estralos e manobras que vão lhe deixar roxo ou dolorido. São técnicas sutis, algumas com certa concentração de energia, mas muito seguras e objetivas.
Mais importante ainda: não é uma técnica é uma formação científica e acadêmica. Gosto de conceituá-la como “Anatomia aplicada”. Fora do Brasil ela é uma profissão com 5 anos de graduação. Aqui sua formação e exercício está para o Fisioterapeuta graduado, e as melhores escolas apresentam formação de 5 anos com estágio, provas e etc.
Por ser uma formação, sua essência está na forma em que seu criador, o médico americano Andrew Still, entendeu o corpo humano e seu desenvolvimento de doenças. Still em sua prática médica no século XIX, percebera que o micróbio não era mais importante que o meio, isto é, o corpo. Bem como também identificou respostas musculoesqueléticas frente a disfunções sistêmicas, e a partir de então entendeu que poderia corrigir ou devolver funções aos sistemas, segmentos e articulações através de uma volta e aplicação à anatomia. Desta forma daria ao corpo condições de economizar energia em sua busca pela homeostase, diminuindo o uso alopático já que “o organismo é a farmácia de Deus”, enfim possibilitando o encontro da cura.
Still postula princípios inegociáveis que norteiam toda a avaliação e tratamento Osteopáticos ainda hoje. Procuramos sempre analisar e testar movimentos e micromovimentos presentes nos sistemas musculoesquelético, visceral, nervoso, craniano, arterial e membranoso (meninges); pois “Vida é Movimento”. Já os fatores metabólitos, nutricionais e enzimáticos podem estar comprometidos por conta de uma diminuição local da eficiência arterovenosa; assim a “Lei da artéria” entra para nos atentar que “fatores ocultos” não são apenas obstáculos à cura, podem ser os reais fatores da disfunção ou até da doença. E se há disfunções, com certeza temos estruturas sendo danificadas, por isso a “Estrutura governa a Função” e corrigi-la é o caminho para a preservação da estrutura e da saúde tecidual.
De maneira nenhuma podemos desconsiderar as influências dos fatores externos concomitantes aos fatores internos, que cooperam para o desequilíbrio corpo-mente-espírito, como Still dizia; ou ainda órgão-cérebro-psique, responsável pelo aparecimento de disfunções e doenças, bem como sua cronicidade. O homem é um “Ser integral”, por isso esses fatores precisam ser reconhecidos e de forma alguma desconsiderados, assim como a integralidade do organismo, já que o mesmo funciona como uma comunidade interdependente, interligada por meio de ligamentos, fácias, músculos, nervos, etc. É desta forma então que abordamos o homem e procuramos ajudá-lo a recuperar a homeostase e encontrar a cura, pois o corpo humano é “Autoregulador”.
É com um resumo destas palavras que inicio um tratamento, deixando claro que não estamos trabalhando conceitos esotéricos, subjetivos ou inexplicáveis; mas sim estamos fazendo ciência, aplicando cinesiologia, biomecânica e anatomia. Isso é OSTEOPATIA.
Dr.Marco Aurélio Reis é Fisioterapeuta formado pela PUC Campinas há 15 anos, especialista em Desportiva pela UNIMEP há 14 anos e trabalha com Terapia Manual e Osteopatia há 12 anos.
Ao longo dos anos, mergulhado na filosofia osteopática, passou a entender seu papel de ajudador, onde o terapeuta apenas auxilia o corpo humano em sua cura. E mais, que apenas não poderia ser um auxiliar mecanicista, se o homem é muito mais que uma máquina. Assim, procura a cada dia seu equilíbrio mente-corpo, bem como de seus clientes.
Tags:autocura, fisiterapia, osteopatia
Publicado por Marco Aurélio Reis